RESUMEN Las iconografías sobre la ciudad de Río de Janeiro del siglo XIX, Brasil, así como la identidad brasileña, fueron creadas principalmente por una diversidad que incluía factores nativos y exóticos de la flora, fauna, sociedades y culturas, además de la mirada extranjera. El problema de ser utilizadas las imágenes solamente como una ilustración o percibirlas de forma fragmentada, resulta en la limitación de su análisis. Al ser usada la iconografía como fuente primaria en los estudios de las humanidades ambientales se hace posible una lectura más integradora de los paisajes pretéritos, destacando conjuntamente los aspectos botánicos, geográficos, culturales, entre otros. De ese modo, proponemos un análisis interdisciplinario sobre las imágenes, en el cual buscamos evidenciar la agencia compartida de la flora y del trabajo de negros/as esclavizados en conjunción con la mirada extranjera. Desde ese enfoque, mostramos que las iconografías son capaces de revelar la interactuación entre agentes humanos y no humanos en los procesos de transformación de los ambientes registrados.
ABSTRACT The iconographies about Nineteenth-century Rio de Janeiro, RJ, Brazil, and the Brazilian identity itself were created mainly by a diversity that included native and exotic factors of flora, fauna, societies, and cultures as encompassing the foreign look itself. Using the images only as an illustration, or perceiving them in a fragmented way, results in the limitation of their analysis. By using iconography as a primary source for studies of environmental humanities, it is possible to make a more integrated reading of past landscapes, jointly highlighting botanical, geographic, cultural aspects, among others. Thus, it is proposed an interdisciplinary analysis of the images, in which it is sought to highlight the shared agency of flora and the work of the enslaved black people in conjunction with the foreign gaze. Through this approach, it is demonstrated that these iconographies can reveal the interaction between human and non-human agents in the transformation processes of the environments portrayed.
RESUMO As iconografias sobre o Rio de Janeiro oitocentista, RJ, Brasil, assim como a própria identidade brasileira, foram criadas, principalmente, por uma diversidade que incluía fatores nativos e exóticos da flora, da fauna, das sociedades e das culturas, assim como englobava o próprio olhar estrangeiro. O problema de se empregar as imagens apenas como ilustração, ou percebê-las de forma fragmentada, resulta na limitação de sua análise. Ao utilizar a iconografia como fonte primária para estudos de humanidades ambientais é possível fazer uma leitura mais integrada das paisagens pretéritas, destacando conjuntamente aspectos botânicos, geográficos, culturais, entre outros. Destarte, propomos uma análise interdisciplinar sobre as imagens, nas quais buscamos evidenciar a agência compartilhada da flora e do trabalho dos negros/as escravizados/as em conjunto com o olhar estrangeiro. Através dessa abordagem, demonstramos que estas iconografias podem revelar a interação entre agentes humanos e não humanos nos processos de transformação dos ambientes retratados.